segunda-feira, dezembro 12, 2005

Este amor...

Eu estava tão bem, que não reconheci,
o fogo a queimar-lhe os olhos,
o caos que controlou minha mente.
Sussurrou-me o adeus e meteu-se num avião,
para nunca mais voltar.
Mas pra sempre ficar no meu coração...

Este amor fez de mim uma portagem.
Ela disse adeus demasiadas vezes,
e o seu coração está-se a partir à minha frente.
Eu não tenho outra hipótese senão nunca mais dizer adeus.

Eu dei o meu melhor para lhe alimentar o apetite.
Estar com ela todas as noites.
É tão difícil mantê-la satisfeita.
Manter um amor como aquele era apenas um jogo,
em que fingia-mos sentir o mesmo.
Então eu dava uma volta e regressava outra vez...

Eu vou tratar destas coisas erradas.
Trato das tuas asas partidas,
e certifico-me de que tudo está bem.
Exerço pressão nos teus ombros,
que afundam as minhas pontas dos dedos,
em cada bocadinho de ti.
Porque sei que é isso que queres que eu faça...

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Correr para ficar parada!

E assim ela acordou,
de onde estava deitada.
Disse que tínhamos algo a fazer.
Onde estamos a ir...
Pisar um comboio a vapor.
Sair do comboio mecânico.
Talvez fugir da escuridão à noite...

A cantar Ha La La La De Day.
A cantar Ha La La La De Day.

Doce é o pecado,
excepto o gosto amargo na minha boca.
Eu vejo sete torres,
mas vejo apenas uma saída.
Tu precisas chorar sem derramar lágrimas.
Falar sem palavras.
Gritar sem elevar a tua voz, tu sabes...
Eu tirei o veneno da corrente venenosa,
então eu flutuei para fora daqui

A cantar Ha La La La De Day.
A cantar Ha La La La De Day.

Ela corre pelas ruas,
com os olhos pintados de vermelho.
Debaixo do ventre escuro da nuvem na chuva.
Ela leva-me por uma entrada.
Ouro branco e pérolas roubadas do mar...
Ela está furiosa.
Ela está furiosa.
E a tempestade explode nos olhos dela.
Ela sofrerá a dor da agulhada.
Ela está a correr para ficar parada...